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Na COP, o que está em jogo é nosso direito à compensação financeira pela preservação, e não o de destruir a Amazônia

by Assessoria
06/12/2023
Foto: reprodução

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Enquanto acontecem as rodadas de negociação da COP28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, quando se debate o que os países, sob a chancela da ONU, farão para conter o célere e perigoso aquecimento do planeta, uma questão precisa ser respondida especificamente para nós, moradores da Amazônia: quando e como seremos compensados pela manutenção da floresta em pé? Quando nosso direito a uma vida digna e próspera será reconhecido nas conversas e decisões que moldam o futuro?

Primeiro, é preciso entender a relação entre os debates da COP (Convenção das Partes) e nossa região. A questão é essa: para conter a mudança climática é preciso zerar o desmatamento nas regiões de florestas tropicais, como a Amazônia, já que essas florestas são fundamentais para a manutenção do equilíbrio do clima, respondendo por grande parte do estoque e, boa parte das vezes, pela captura de carbono – o principal dos gazes estufa em ação na atmosfera.

As florestas tropicais são responsáveis, ainda, pela estocagem de água, pelo regime de chuvas em regiões próximas e por elevadíssimos estoques de biodiversidade, guardando grande quantidade de material genético ainda não catalogado pela ciência. A preservação das densas e ricas florestas tropicais úmidas ainda existentes, como a Amazônia, na América do Sul, a Floresta do Congo, na África, e as florestas da Indonésia, na Ásia, é parte fundamental do esforço a ser feito para se evitar que a temperatura média do planeta suba acima dos 1,5 graus, previsto no Acordo de Paris. A questão é que até aqui muito se falou e pouco foi realizado.

A Amazônia é a joia da coroa quando o assunto é mudança climática e conservação de biodiversidade. Aproximadamente 15% da diversidade biológica do planeta está aqui. Grande parte da água doce também. Particularmente importante para o Brasil é saber que da Amazônia sai a água que garante chuvas nas plantações de larga escala do Centro-Oeste e do Sul do país, o cinturão-de-ouro do agronegócio. A manutenção das florestas de cá deveria ser prioridade dos barões do agronegócio de lá. Aqui vale um registro: é de estranhar que o setor agro quase sempre se posicione ao lado de grileiros, madeireiros, garimpeiros e toda sorte de desmatadores e destruidores de florestas, não é mesmo? Infelizmente, o interesse imediato de certos setores ainda é converter novas áreas de florestas em terra nua de alto valor financeiro e rápida liquidez, garantidora de elevados financiamentos bancários a juros subsidiados.

Outra razão para o esforço na contenção do desmatamento da Amazônia é que ele, junto com as queimadas, faz com que nossa região sozinha responda por quase um terço de toda a emissão de gases estufa do Brasil. Conter o desmatamento, portanto, é tanto função de preservação da natureza quanto de redução das emissões. A questão, então, é como fazer para que a população local não seja penalizada em seu legítimo esforço de produzir riquezas e melhorar de vida. O debate precisa girar em torno de como seremos compensados econômica e socialmente pela renúncia em fazer uso da conversão de bens naturais em riqueza material de usufruto imediato – como praticamente todas as demais sociedades humanas fizeram ao longo da história – em nome da manutenção do equilíbrio do clima do planeta.

Aqui cabe outro esclarecimento importante: não é ético o argumento que afirma sermos dotados do direito de fazermos o que bem entendermos de nossa região, dada nossa condição de moradores do território. Nossa responsabilidade, em termos éticos, é cuidar de um patrimônio cuja importância vai muito além de nossas vidas e domínios. Agora, não pode ser objeto de discussão ou controvérsia o fato que somos dotados do direito a compensações. A questão é quem pagará essa conta, quando e como.

Nisso, o papel de nossas lideranças, sejam elas políticas, empresariais ou institucionais, é o de pressionar o Estado Nacional e a comunidade internacional pelo aporte de recursos financeiros, tecnologias e meios materiais que possibilitem o desenvolvimento da região, elevando o patamar de vida do povo, ao mesmo tempo, em que seja garantida a proteção do meio ambiente.

O que me parece um debate enganador é o argumento da extrema-direita e de certos segmentos sociais que reivindicam o direito à destruição das florestas para a abertura indiscriminada de pastos e áreas de monoculturas de soja e milho. Esse é um debate já ultraado. Estudos científicos mostram até mesmo que parte considerável de nosso solo não a tais atividades. Ainda assim, nos últimos tempos, no Acre, falar em preservação ou em sustentabilidade, apresentar qualquer questionamento ao interesse do setor agrário em destruir a legislação e os órgãos de proteção do meio ambiente, virou motivo de ira infinita.

O fato é que esse debate precisa voltar a ser feito, a ficar aberto. Sob pena de ficarmos presos ao atraso e impossibilitados de nos conectarmos com o mundo; nesse momento, ou assumimos as posições corretas quantos aos nossos interesses nas discussões mundiais, ou seremos tragados pelo fluir da história; como no ado, quando levaram daqui sementes de seringueiras e fizeram falir nossa fonte de riquezas.

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