Prédio abandonado era ocupado por famílias desabrigadas após as chuvas no RS Imagem: Adriano Fagundes 2n1c2w
A Polícia Militar expulsou na tarde deste domingo (16) cerca de 200 pessoas desabrigadas pelas chuvas de um prédio público ocupado no centro histórico de Porto Alegre. O edifício estava abandonado havia mais de dez anos.
O que aconteceu
Testemunhas relataram que os PMs usaram gás de pimenta contra o grupo. A costureira Shirley Diones Pinheiro, 40, que estava com os três filhos no segundo andar da ocupação, disse que as crianças foram atingidas. “O meu filho de 2 anos começou a esfregar os olhinhos, tossir e espirrar porque ficou sufocado pelo gás”, disse.
Ocupação foi organizada pelo MLB (Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas). No começo de maio, Shirley foi com os filhos para um abrigo, já que a sua casa em Eldorado do Sul (RS), uma das cidades mais atingidas pela inundação, ficou debaixo d’água. Ela havia chegado à ocupação no sábado (15).
Assim como Shirley, o pedreiro Jeremias Pedroso, 40, também viu na ocupação uma chance na luta por moradia. Antes, morava com a esposa e os quatro filhos no Humaitá, na zona norte da capital gaúcha. Ele também criticou a atuação da PM na desocupação. “Eles vieram jogando gás de pimenta, teve criança que ou mal, Perdi tudo. Os nossos direitos também foram por água abaixo, a enchente levou junto”, destacou.
Boletim de ocorrência foi registrado após a ação da PM. A vereadora Abigail Pereira (PCdoB), que apoiava a ocupação, registrou o B.O., acusando a Polícia Militar de agressão.
Questionada, a PM disse que havia risco de desabamento de marquises. Ainda segundo a corporação, a desocupação foi negociada antes da ação dos policiais.
Advogada questiona versão da Polícia Militar. “A PM não seguiu os protocolos, não houve negociação. Houve, sim, abuso de autoridade”, disse a advogada Clarice Zanini, que estava apoiando a ocupação.
Após a ação, as pessoas que participavam da ocupação foram conduzidas ao Palácio da Polícia. O grupo assinou um termo circunstanciado de registro do caso. Em seguida, todos acabaram sendo liberados.
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