Durante a sessão desta terça-feira (11) na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), a deputada Michelle Melo (PDT) destacou a homologação do concurso da Secretaria da Fazenda do Estado do Acre (Sefaz), ressaltando que essa era uma reivindicação dos aprovados e que ela se empenhou para que fosse concretizada. A parlamentar também enfatizou a importância da convocação dos concursados para fortalecer a arrecadação e a organização financeira do Estado.
“Estou muito feliz com a homologação desse concurso. Foi um pedido que vocês me fizeram e fizemos essa indicação na Assembleia. Sei que o Estado precisa de servidores de carreira para alavancar a arrecadação e a organização dos seus recursos. Se Deus quiser, esse ano ainda conquistaremos o chamamento de vocês”, afirmou.
Michelle Melo também destacou dois projetos de lei apresentados por ela, que foram lidos na sessão. O primeiro propõe a obrigatoriedade do preenchimento de informações sobre raça e cor em formulários do Estado, visando à construção de políticas públicas para a população negra. O segundo trata da transparência das filas de espera por cirurgias e exames na rede pública de saúde.
“Queremos transparência, queremos saber a posição de cada paciente e, principalmente, evitar que essa fila seja furada. Precisamos garantir que todos tenham o à saúde com justiça e organização”, declarou a deputada, que anunciou ainda um debate sobre a necessidade urgente de contratação de médicos para as unidades hospitalares do Estado.
No tempo destinado ao grande expediente, a parlamentar voltou a denunciar a precariedade na saúde pública do Estado, com destaque para a falta de médicos nas unidades hospitalares. Após uma visita ao Hospital da Criança, Michelle Melo denunciou a grave situação da unidade, onde constatou que apenas um médico estava responsável por atender 50 crianças internadas.
“Estivemos lá para apurar denúncias sobre a assistência prestada e o que encontramos foi alarmante. Havia um único médico para 50 leitos, divididos em três espaços físicos. Desses, nove são de semi-intensiva, onde a assistência deve ser permanente. Como esse profissional pode garantir um atendimento adequado? Isso coloca em risco a vida dessas crianças e sobrecarrega os trabalhadores da saúde”, afirmou.
A deputada enfatizou a urgência de medidas para solucionar o problema e pediu providências imediatas ao governo do Estado. Segundo ela, a falta de médicos compromete o atendimento e pode gerar tragédias. “Imaginem se duas crianças entram em parada cardiorrespiratória ao mesmo tempo. Quem o médico vai salvar? Essa realidade é desumana e inaceitável. Precisamos de ações urgentes para garantir assistência digna à nossa população”, cobrou Michelle Melo.
