O nível do Rio Acre segue acima da cota de inundação em Rio Branco mas oscila. No entanto, nesta sexta-feira (14) o seu principal tributário, o Riozinho do Rôla, não para de subir desde o começo da semana e começa o fim de semana medindo 14,49 metros, segundo o monitoramento do rio em tempo real e os boletins de alerta hidrológico estão disponíveis na plataforma do Sistema de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Acre.
“O Rio Acre, em Rio Branco, deve continuar subindo pelo menos até amanhã(14), devido à onda de cheia que se propaga pela calha do rio, somada à contribuição do Riozinho do Rola, um afluente importante que tem apresentado aumento contínuo em suas vazões. No entanto, espera-se que, caso não ocorram volumes significativos de chuva sobre a bacia, o Rio Acre se estabilize nos próximos dias, seguindo o comportamento observado em outros trechos do rio.”, revela o pesquisador de geociências do SGB Marcus Suassuna nesta quinta (13),
Ele também chama atenção para o volume de chuva na região. “ Contudo, há preocupação com possíveis novos episódios de chuva. Como a bacia já está bastante úmida, eventuais precipitações intensas podem causar elevações rápidas nos níveis dos rios da região”, finaliza.
No município de Brasiléia (AC), o nível do Rio Acre está em queda. De acordo com o boletim publicado na última terça-feira, o rio está na cota de 7,71 metros, tendo baixado 168 cm nas últimas 24 horas. Já na estação de medição de Assis Brasil, também foi registrada a cota de 5,10 metros, o que representa uma subida de 31 cm em um dia.
Desde dezembro de 2024, o SGB realiza a operação de alerta para o período hidrológico de 2024/2025, com o objetivo de monitorar o nível dos rios da região. Esse é um trabalho essencial para apoiar ações de prevenção de desastres e reduzir os impactos das cheias.
Parceria
O monitoramento dos rios é realizado por meio de estações telemétricas e convencionais, que fazem parte da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN), coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). O SGB opera cerca de 80% das estações, gerando informações que apoiam os sistemas de prevenção de desastres, a gestão dos recursos hídricos e pesquisas. Os dados estão disponíveis na plataforma SACE.
