Infelizmente, existe um grande preconceito em torno da vacinação contra o HPV. Há inclusive uma crença de que vacinar crianças contra uma infecção sexualmente transmissível fará com que elas iniciem a vida sexual mais cedo. Isso não é verdade. 394a2w
O motivo para vacinar crianças é puramente biológico, já que elas costumam ter uma resposta imunológica mais efetiva às vacinas do que os adultos, principalmente antes de entrarem em contato com o vírus. A vacina é a medida mais eficaz de prevenção contra o HPV.
O que é HPV?
O Papilomavírus Humano (HPV) é a infecção sexualmente transmissível mais frequente no mundo. A doença está associada ao desenvolvimento da quase totalidade dos cânceres de colo de útero e, também, de diversos outros tumores em homens e mulheres.
No Brasil, o câncer de colo do útero é o terceiro tipo de câncer mais incidente entre mulheres, excluídos os tumores de pele não melanoma.
O vírus provoca verrugas nas regiões oral (lábios, boca, cordas vocais), anal, genital e na uretra, além de câncer, a depender do tipo de vírus.
De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 10 milhões de pessoas estão infectadas pelo HPV no país. A estimativa é que a cada ano no Brasil surjam 700 mil casos novos dessa infecção, que é transmitida através de relação sexual.
Por isso, é fundamental entender a doença, os sintomas e a melhor forma de prevenção.
Confira abaixo as respostas às principais dúvidas sobre a doença e a vacina.
A vacina é realmente segura?
Sim. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente a vacina contra o vírus HPV para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos. Meninas e meninos.
O grupo prioritário também inclui pessoas com imunocomprometimento, vítimas de violência sexual e outras condições específicas, conforme o Programa Nacional de Imunizações (PNI), podendo receber a vacina até os 45 anos.
O imunizante previne uma série de doenças, como câncer do colo do útero, de pênis, de ânus, de uretra e de garganta, além de prevenir condiloma (verruga genital).
Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a cobertura vacinal contra o HPV no Brasil está abaixo da meta de 90%.
Estima-se que em 2024 cerca de 7 milhões de adolescentes de 15 a 19 anos ainda não tenham recebido a vacina no Brasil. Os cinco estados com os maiores índices de adolescentes não vacinados contra o HPV são o Rio de Janeiro (54%), Acre (40%), Distrito Federal (38%), Roraima (36%) e Amapá (32%).
Por que a vacina ou a ser aplicada em dose única?
Desde abril de 2024, o Ministério da Saúde ou a adotar uma nova estratégia de vacinação contra o HPV: a dose única. A recomendação da dose única foi embasada em estudos com evidências robustas sobre a eficácia do esquema frente às versões com duas ou três etapas. Além disso, o esquema segue as recomendações mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da OPAS.
O principal objetivo é aumentar a adesão à vacinação e ampliar a cobertura vacinal, visando eliminar o câncer do colo do útero como problema de saúde pública.
Preciso levar meus filhos para vacinar contra o vírus?
Sim. A vacina é a medida mais segura e eficaz de prevenção contra o HPV. Ela estimula o sistema imunológico a produzir anticorpos contra a doença, o que evita a infecção pelos quatro tipos mais prevalentes do vírus, sendo que dois (tipos 16 e 18) estão altamente relacionados ao desenvolvimento de câncer do colo do útero.
Os outros dois tipos combatidos pela vacina (tipos 6 e 11) não são oncogênicos, ou seja, não têm associação comprovada entre a infecção e o câncer, mas provocam, entre outros sintomas, a formação de verrugas, como já descrito acima.
Os efeitos colaterais da vacina podem prejudicar crianças e adolescentes?
Não. As vacinas contra o vírus são seguras e compostas, principalmente, por proteínas virais ou partículas semelhantes ao vírus, além de ingredientes como sais, conservantes e adjuvantes, que ajudam a estimular uma resposta imunológica eficaz.
Esses ingredientes são cuidadosamente selecionados e monitorados para garantir a segurança da vacina. Eventos adversos, como ocorre com qualquer vacina ou medicamento, podem acontecer, sendo a grande maioria leves, como edema, dor de cabeça (cefaleia) e febre.
Por isso, pais, mães e responsáveis não devem ter medo de vacinar as crianças. O melhor caminho é sempre consultar fontes seguras sobre o tema.
Quais são os sintomas do HPV?
A maioria das pessoas não apresenta sintomas da infecção pelo HPV. Em alguns casos, o vírus pode ficar latente por meses ou anos, sem manifestar qualquer sinal visível a olho nu. Também pode apresentar manifestações subclínicas não visíveis a olho nu.
A diminuição da resistência do organismo pode desencadear a multiplicação do HPV e, consequentemente, provocar o aparecimento de lesões.
Como é feito o tratamento?
O tratamento das verrugas na região genital deve ser individualizado, considerando características das lesões (extensão, quantidade e localização) e efeitos adversos. Os recursos utilizados variam entre químicos, cirúrgicos e estimuladores da imunidade.
É muito importante procurar ajuda médica. O tratamento pode ser feito em casa ou no serviço de saúde, conforme indicação profissional para cada caso.
Vale destacar que o tratamento das verrugas não elimina o vírus, por isso as lesões podem reaparecer. Pessoas infectadas e parceiros devem retornar ao serviço, caso identifiquem novas lesões.
Não caia em Fake News
Verifique informações que insistem em desqualificar a ciência e as vacinas e colocar medo na população. A imunização já conseguiu eliminar diversas doenças. Procure fontes confiáveis e proteja a sua saúde. Não compartilhe desinformação!
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério do Meio Ambiente…
Em comemoração aos 15 anos de funcionamento da OCA Xapuri, o governo do Acre, por…
É bom sempre lembrar a história, para avivar memórias e para que as novas gerações…
Nesta sexta-feira, 23, a Polícia Civil do Estado do Acre (PCAC), por meio do Departamento…
O último dia da programação da GCF Task Force (Força-Tarefa dos Governadores para o Clima…
O Santos foi eliminado da Copa do Brasil após perder nos pênaltis para o CRB,…