Na sessão desta quarta-feira (2) da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Fagner Calegário (Podemos) relatou a grave situação dos trabalhadores terceirizados da Secretaria de Estado de Educação, que estariam enfrentando atrasos salariais e dificuldades financeiras. “Os colaboradores da Secretaria de Educação estão pedindo socorro. Tenho tentado conversar com o secretário de Educação, mas parece que quando o problema aparece, o secretário some”, denunciou.
Segundo Calegário, há trabalhadores do transporte escolar, serviços gerais e limpeza que não receberam o auxílio-alimentação e estão ameaçando paralisações. “Ontem, fui procurado por funcionários do transporte escolar na Regional de Porto Acre, que informaram que vão parar porque não estão recebendo. Da mesma forma, trabalhadores da limpeza relatam que a empresa X ainda não fez o pagamento”, afirmou.
O deputado acusou o secretário de Educação de ignorar os parlamentares e evitar o diálogo. “Parece que agora que vai ser candidato, não atende mais os deputados. Mas o mandato ainda está em vigor e só termina em 2028! ”, disparou.
O parlamentar também denunciou que o governo estadual estaria devendo mais de R$ 50 milhões a empresas terceirizadas que, por sua vez, não conseguem pagar seus funcionários em dia. “Hoje, o governo do Estado deve para empresas que pagam seus colaboradores corretamente mais de 50 milhões de reais. Enquanto isso, a CESAC corta trabalhadores porque diz que não tem recurso”, criticou.
Fagner Calegário foi além e disse que os trabalhadores estão sendo coagidos a não protestar, sob ameaça de demissão. “Se eles se manifestam, o que acontece? Rua! Se reclamam, são cortados. Então, tem que ar fome calados? Voltamos à época da escravidão? Bota no tronco, dá peia, ripa? O que é isso?!”, questionou.
Para finalizar, o deputado cobrou a abertura de um canal de diálogo com o governo para solucionar o problema. “Peço encarecidamente: vamos abrir um canal de conversa. Sempre estivemos prontos para dialogar, mas precisamos resolver essa situação urgentemente”, concluiu.