Simbolizando um momento de gratidão e reconhecimento, o governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), ofereceu neste sábado, 10, no ambulatório do Hospital da Mulher e da Criança do Juruá (Maternidade), em Cruzeiro do Sul, um café da manhã para as mães doadoras que são cadastradas no banco de leite e para aquelas que estão com seus bebês internados nos leitos do alojamento da mãe canguru e UTI neonatal.
O serviço do banco de leite da maternidade de Cruzeiro do Sul, que teve seu início no ano de 2012 e que em 2022 ou a integrar a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, vem a cada dia melhorando suas ações, seja na quantidade de doadoras cadastradas, na qualidade da coleta e do manuseio do leite, como também em sua disponibilidade para os recém-nascidos que precisam desse rico nutriente maternal.
As comemorações, campanhas e homenagens são intensificadas nesse mês, tendo em vista que no dia 19 de maio é comemorado o Dia Mundial da Doação de Leite Humano, visando sensibilizar a sociedade em geral e, sobretudo, as mães que podem fazer esse gesto de amor ao próximo.
Como doar é um ato de amor, as mães presentes na homenagem são reflexos desse sentimento empático, deixando de pensar apenas em si e tomando atitudes que beneficiam o próximo. Como é o caso da mãe e doadora Yana de Oliveira Melo, que fala do privilégio que é poder doar. “É muito gratificante, pois, além de amamentar nosso filho, a gente tem a honra e o prazer de dividir o leite e salvar a vida de outros bebês”.
Yana ainda fala da emoção em ser homenageada pela equipe de profissionais da Maternidade. “É um sentimento de gratidão, de acolhimento, representando o momento em que estamos sendo lembradas pelo sacrifício prazeroso que é a doação de leite”. Finalizou.
Cheia de alegria e com brilho nos olhos, a mãe Geissa Siméria Sena Rocha, fala da sua experiência em ser doadora de leite materno, contribuindo com o banco de leite da maternidade na disponibilização desse tão rico nutriente. “Ser doadora de leite é uma satisfação como mãe e como pessoa, e ao contrário de como as pessoas pensam, doar seu leite não vai faltar pra seu bebê, é como coração de mãe, sempre dá pra ajudar outros bebês”.
Cordenadora do Banco de Leite, a fonoaudióloga Márcia Soares de Paula destaca a grandeza desse momento, que, em meio às comemorações do mês da doação de leite materno, incluíram essa atividade para alcançar todas as doadoras. “Esse ano optamos em fazer alguma atividade para as doadoras cadastradas em nosso banco de leite, justamente pra essas mães se sentirem acolhidas e cuidadas, pois, faz parte também do nosso trabalho esse olhar especial para essas mulheres”.
A coordenadora ainda destaca que, “esse gesto de carinho, de cuidado com essas mulheres que tanto ajudam, é uma forma de agradecê-las por tudo que elas fazem e pelo tempo que elas tiram para realizar o processo de doação. Escolhemos essa data que antecede o dia das mães, afinal, elas são mães duas vezes, pois, além de amamentar seus filhos, salvam vidas de outras crianças com a doação de seu leite”, pontuou.
Durante o café da manhã, foram distribuídos prêmios, lembranças e o certificado de doadoras, uma forma de reconhecimento a todas essas mães guerreiras que fazem tudo por amor. Além disso, ainda foram oferecidos outros atendimentos na área de ginecologia e obstetrícia, medicina da saúde da família e exames preventivos para as participantes.
Para a gerente-geral da unidade, Iglê Monte da Silva, “esse café da manhã é pra homenagear as mães que são doadoras de leite e que estão sempre nos ajudando a oferecer o melhor tipo de alimento para nossos bebês: o leite materno. Esse evento é uma forma de reforçar a importância desse gesto de amor e agradecer por todo tempo e dedicação delas”. Destacou.
“É uma forma de reforçar a importância desse gesto de amor”, diz Iglê Monte, gerente-geral de Maternidade. Foto: Marcos Santos/Secom
Ainda segundo a gestora, “a alimentação através do leite materno, além de importante, requer muito esforço e vontade, pois não é um momento fácil e, essas mães se esforçam não somente para amamentar seus bebês, mas também pra dividir esse leite e ajudar a salvar a vida de bebês que estão na UTI, uma vez que suas mães não tem esse leite que é tão necessário pra sua sobrevivência”, finalizou.
Para que tudo isso funcione e o banco de leite atenda às necessidades da maternidade, é imprescindível que haja a parceria entre Estado, Sociedade Civil e organizações privadas, que aderindo e abraçando esta causa, contribuem significativamente em todo esse processo de doação de leite materno, como é o caso da Rede de Ensino Claretiano, Afya – Faculdade de Ciências Médicas de Cruzeiro do Sul e a Universidade Federal do Acre – Ufac.
