O exame Bera com sedação vem sendo um importante aliado no diagnóstico precoce de distúrbios auditivos em crianças no Acre, especialmente nos casos com suspeita de autismo. Desde abril deste ano, mais de 175 exames já foram realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), resultado do convênio firmado entre o governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), e o Centro Universitário Uninorte. i4o43
Sigla em inglês para Brainstem Evoked Response Audiometry, o Bera, também conhecido como Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (Peate) é um exame eletrofisiológico que avalia a audição por meio de estímulos sonoros e capta as respostas do cérebro, sem que a criança precise reagir ou responder. Por isso, é indicado para crianças pequenas ou que têm dificuldades de comunicação.
Atendimento é feito na Clínica Uninorte, localizada no Bloco F da instituição. Foto: Gleison Luz/Fundhacre
“Esse é um esforço contínuo da nossa gestão para garantir que as crianças acreanas tenham o a exames essenciais, com qualidade e no tempo certo. Reduzir filas e antecipar diagnósticos é uma das prioridades do governo do Acre, porque cada dia conta no desenvolvimento dessas crianças”, afirma o secretário de Estado de Saúde, Pedro Pascoal.
Com uma média de 10 exames realizados por dia, o gerente de serviços de saúde da Uninorte, Samuel Jardim, afirma que cada vez mais crianças estão sendo atendidas pela iniciativa: “Já ultraamos a marca de 175 exames de Bera realizados desde o início do serviço. No total, somando outras avaliações, já amos dos 600 procedimentos. É uma parceria que está funcionando com agilidade, mas é importante que os responsáveis saibam que o o depende da regulação”, reforçou.
A parceria entre Sesacre e Uninorte, viabilizada por meio do Termo de Cooperação nº 07/2022, tem apoio direto da Fundação Hospitalar Governador Flaviano Melo (Fundhacre). O investimento anual é de aproximadamente R$ 589 mil, incluindo a aquisição de equipamentos, materiais de consumo e pagamento de profissionais especializados.
O serviço tem sido bem avaliado por pais e responsáveis. Francivaldo Rodrigues, pai de uma das crianças atendidas, acompanhou o procedimento da filha, diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA), e fez questão de agradecer. “O atendimento está sendo rápido, graças a Deus. Minha filha já fez o exame, foi tudo bem. Só tenho que agradecer a todos que estão se empenhando nisso. Que Deus abençoe cada um”, disse.
Atendimento com qualidade e cuidado
Conduzido por médicos, anestesistas e profissionais de enfermagem, o serviço garante a segurança da criança do início ao fim. O responsável técnico pelo serviço de fonoaudiologia da Uninorte, John Lima, explica que o procedimento é simples e indolor, e dura em média de 30 a 40 minutos. Esse tempo pode se estender caso sejam identificadas alterações que exijam uma avaliação mais detalhada.
“Apesar de não diagnosticar o autismo, o Bera compõe a bateria de avaliação para esses casos. Ele identifica perdas auditivas que podem estar associadas a atrasos no desenvolvimento da linguagem. Com os dados do exame, conseguimos encaminhar essa criança para os serviços adequados e permitir que a família avance com os cuidados certos”, explicou.
Para que o resultado do exame seja preciso, é necessário que a criança permaneça imóvel durante toda a avaliação. Por isso, na maioria dos casos, é utilizada uma sedação leve, feita por inalação com máscara. O medicamento promove um sono leve, apenas o suficiente para que a criança fique relaxada e imóvel. Assim que o exame termina, ela acorda em poucos minutos e já pode voltar para casa com os responsáveis.
Como ter o ao exame
É preciso que o pedido para o exame Bera seja feito por um médico clínico geral, preferencialmente durante a consulta na Unidade Básica de Saúde (UBS). Com o pedido em mãos, a criança será encaminhada ao Centro Especializado em Reabilitação (CER III), onde ará pelo processo de regulação.
A partir daí, o caso é analisado e, se for indicado, o paciente é encaminhado para a realização do exame na Uninorte, conforme a disponibilidade e agendamento da equipe. O serviço é regulado pelo Estado e prioriza crianças autistas ou com suspeita de perda auditiva.
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