Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mapeou milhares de partos no país e descobriu que é grande o número de grávidas que precisam se deslocar de suas cidades para dar à luz.
De acordo com a pesquisa, uma a cada quatro mulheres precisou ir para outro município para realizar o parto em algum hospital do SUS. Houve um aumento de 23,6%, em 2011, para 27,3%, em 2019. No Acre, 6.892 mulheres tiveram de se deslocar para dar à luz entre 202010–2011 e de 2018–2019.
O fato representa um risco para as gestantes. Aquelas que tiveram que se deslocar por longas distâncias, 94 quilômetros em média, ou que gastaram mais tempo, 100 minutos em média, tiveram mais chances de morrer ao dar à luz e também de perder o bebê.
As regiões Sul e Sudeste tiveram os melhores resultados, e as regiões Norte e Nordeste tiveram as piores condições devido à dificuldade no o aos serviços de saúde. O regulamento do SUS propõe 0,28 leitos obstétricos para cada mil habitantes em cada município. Mas isso varia conforme a região, a taxa de fecundidade e a faixa etária das pessoas.